sexta-feira, 22 de abril de 2011

Apenas o fim


Eu sou aquela vontade que dá, de repente, de tomar Fanta Uva.
- Você é o Menthos.




Quando o fim se anuncia.
Quando o fim já vai chegando e empurrando todos no caminho para ocupar seu lugar de direito. Quando você não deixa ele entrar e resiste o quanto pode, mas parece que o fim é maior que tudo.
Nada consegue ocultar a sombra que o fim faz quando ele dá o seu primeiro sinal.
Ele é espaçoso, ele é folgado, ele é onipresente. Quando você pressente, tudo já se torna despedida.
Porque é tão difícil lidar com o fim?
Numa vida de incerteza nem sempre é animador se abrir para o novo. O novo é um infinito de possibilidades. O novo pode ser nada. O novo pode ser amargar o passado.
Acho que na verdade o fim e o começo são meio irmãos. Mas o fim é uma bofetada e o começo um abismo.
Ou o contrário.
A gente tem que lidar com o fim todos os dias.
 Às vezes com o mesmo tipo de fim, até se convencer de que ele existe. Até fazer ele “findar” outras coisas também. O fim nos acompanha fiel, porque se não nos acompanhar, não faz sentido buscar novos começos.
Pra ter certeza de que o fim valeu a pena, de que o fim não teria outro momento para brotar. De que o fim veio para que novos caminhos surgissem.
 A gente tem que lutar contra o fim, e pelo fim. Lutar pra conseguir se despedir e se desimpregnar de uma história, para que então ela tenha chance de se transformar.
Apenas o fim é bem isso.
Bem... Prático, na verdade. Porque o que é...é! Porque ás vezes não existe um motivo concreto, é só o fim se anunciando em vários sinais, e ele merece ser respeitado, é só porque é a hora das coisas amadurecerem e se transformarem... E se a gente não deixa amadurecer, passa do ponto e apodrece.
É um roteiro que se sustenta na simplicidade, e acaba não carecendo de nenhuma firula pra passar o recado. Referências ao universo pop, anos 90 de um jeito que me parece despretensioso.
Melancólico de umjeito divertido.
Como poderiam ser todos os fins.


                                                     “E agora?”
“E agora... o resto das nossas vidas”

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