Uma garota desengonçada (mas no fundo, láááá no fundo muito sexy) se apaixona e vai fazer aulas de dança.
Isso muda a vida dela, faz com que ela se descubra uma nova pessoa e novos valores, expanda seus limites, assuma ser o que sempre quis ser ou no fundo já era, e de lambuja pega o Patrick Swayze, transforma ele num cabra muito macho e ele até grava uma música (Shes like the Wind), que toca na Alpha FM até hoje.
Ou... Vai fazer aula de dança e se apaixona. Ou vai fazer porque se “desapaixonou”.
Ou, está tão aberta para o novo porque o passado e o presente não fazem mais sentido, que se apaixonando ou não, ela faria até aula de caligrafia ou reciclagem.
Eu sempre gostei muito de filmes de dança.
Até aquele com o Richard Gere (quem diria o Richard Gere dançando, apesar de que no Chicago ele tem uma cena em que até arranca as calças à la clube das mulheres e fica de samba canção)
Mas, estamos falando de Dirty Dancing cuja tradução seria algo como “Dança suja” mais no sentido de “dança proibida” ou algo muito pior e mais brega como uma “dança safada” (é que eles não conheciam o nosso famoso rala-coxa).
Mas, não é só em filmes que a dança encanta e transforma a vida das pessoas.
Eu, nunca achei isso muito possível, pelo menos não nessa dimensão.
Mas me senti num filme ao fazer aula de uma das ramificações da “dança proibida”.
È muito legal sim. Tudo bem que tem músicas com letras muito cafonas e remixes estanhos como um do “Hotel Califórnia” (acredite, não é nada sexy dançar isso)
Mas de alguma forma a dança ajuda a alcançar outras dimensões de si mesmo. Você começa a ter outra relação com seu corpo (é obrigado a fazer coisas estranhas olhando pro espelho fazendo carão, isso ajuda) E quando é obrigado a dançar com outra pessoa... Digo “obrigado” porque eu sempre tive dificuldade, por ter mania de achar que sou o homem da relação e ficar levando o cara, ou simplesmente por se desengonçada mesmo e uma outra pessoa tão perto me intimide. Enfim, a gente aprende outras formas de se relacionar também, de tocar e de trocar.
Mas as semelhanças com Dirty Dancing não acabam por aí não:
Assim como em Dirty Dancing saía da aula cantarolando, ou durante a semana, sozinha na rua, treinava passinhos com um parceiro imaginário. Minha mãe até foi contra... Mais porque ela achou que eu poderia estar fazendo algo mais útil com meu tempo, ou pelo menos aprendendo uma dança em que as pessoas não falem: “Ai que brega” quando você comenta. Algo como tango ou... Sei lá... Break?
Bom, fora isso faltou só o Patrick Swayze.
Conta se eu disser que tinha um pôster dele no meu quarto quando eu era criança? E ele estava em pensamento? No meu, não no dele, claro.
Ok, não tem nada de Dirty Dancing essa história, nada de “safado”, proibido e emocionante. Nada de Patrick Swayze ou qualquer coisa perto disso, mas eu realmente adoooro esse filme e adoro filmes de dança.
Pra dizer a verdade acho que tem a ver sim.
Eu não era o casal principal, mas, talvez, algum casal ao lado, no baile final...
Algum casal que não acerta os passinhos, que não tem nenhuma química, que apareceu por acaso, mas que adoraria viver uma história grandiosa para estar no foco da câmera e ganhar continuação anos depois.

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