domingo, 1 de maio de 2011

Os homens que encaravam cabras ou... 21 passos para ser um guerreiro Jedi

Uma história com um pé na realidade e outra no surreal.
Existe uma divisão do exército dos EUA treinada para utilizar poderes psíquicos em combate.
Embora este filme se utilize de fatos verídicos que beiram o absurdo, inclusive ridicularizando a guerra, me pergunto: Qual é o jeito de lutar pelo que a gente acredita?
Uma vez um amigo me disse que o problema das manifestações e revoluções é que as pessoas lutam sempre contra algo, quando o que deveria ser feito é lutar a favor de algo.
Às vezes tudo o que a gente precisa fazer é brigar pelo que a gente quer, às vezes não tem outro jeito, mas... É possível fazer isso pacificamente?
Por que é muito “fácil” resolver as coisas quando a gente está tão puto que não se importa mais com as consequências, então a gente explode, fala, briga. Espera a última gota pra estourar. Como é fazer o que a gente acredita na calma? Na razão, com a mesma firmeza, mas sem o descontrole? Afinal, precisa de muita força pra ser leve.
É que essas emoções da “putice”, como a raiva, irritação... Deixam a gente seguro demais. E quando a gente está seguro demais a gente acha que tem que fazer, dizer, existir.
Em qualquer uma das minhas divagações eu vou limitar o filme, que traz questões muito maiores, como por exemplo, todo nosso potencial adormecido e latente.
 George Clooney (com um bigodinho cafajeste) entre outras coisas tem o poder de matar cabras com o olhar. Engraçado, pra não dizer bizarro... Mas é só um dos exemplos que o filme traz de maneira irônica. Você não sabe se ri ou leva a sério e até o último momento sua crença é posta a prova.
É uma tragicomédia, acho. E talvez o mais interessante desse filme seja exatamente isso: Você nunca sabe se estão falando sério.
Com bastante ironia você é levado a pensar sobre coisas sérias, sobre coisas mágicas. Repleto de flashbacks engraçadíssimos ambientados nos anos 80. Um dos filmes mais surpreendentes que eu já vi, com Jeff Bridges incrível e com cabelo até a bunda. (detalhe totalmente desnecessário, mas é que ele realmente ficou muito bem).
Sobre deixar a mediocridade, e com isso não falo que temos que salvar o mundo e fazer uma revolução... E sim olhar pra dentro, mas tão pra dentro a ponto de nos assustarmos com nossa grandeza.
Sobre tentar olhar pra gente mesmo como algo maior... Como heróis em potencial? Talvez.
E isso me faz lembrar dos 21 passos para ser um guerreiro Jedi (que eu acabei de inventar me baseando no filme, nos samurais, guerreiros medievais e por que não no palhaço)
1-      Defender os fracos
2-      Jamais retroceder ante um inimigo
3-      Preservação da honra
4-      Manter sua palavra a qualquer custo
5-      Lealdade
6-      Se libertar de materialismos ou apegos emocionais
7-      Ser bonitão (pois é, no filme é o que parece, tanto que o Kevin Spacey nunca conseguiu, enfim, essa regra é mais maleável)
8-      Prontidão, brilho no olhar.
9-      Generosidade, sinceridade
10-   Nunca pedir aplausos
11-   Saber sair com dignidade

Bom, estou tentando descobrir os outros, mas sei que tem o negócio das cabras e algo como saber atravessar paredes, ( ainda estou testando ambos). De qualquer forma, aceito sugestões.
Se todo filme tem uma mensagem, pra mim essa é bem nítida: “Ser tudo aquilo que podemos ser”.
E pra finalizar e sair com dignidade...
Não há emoção, há paz.
Não há ignorância, há conhecimento.
Não há paixão, há serenidade.
Não há caos, há harmonia.
Não há morte, há a Força.

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